domingo, 17 de julho de 2011

Cristianismo não é vida boa


A vida cristã, quando plenamente vivida – digo isso pela confusão entre cristianismo e outras coisas que andam vivendo por aí-, não está de forma alguma isenta de tempestades e furacões. Eles chegam sorrateiramente e nos pegam de surpresa. Em outros casos, começam com uma garoa de fim de tarde, cuja intensidade vai crescendo até se tornar um forte temporal. Ele pode ter vários nomes nas nossas vidas, como desânimo, medo, ansiedade, rancor, conflitos familiares, desemprego, fim de namoro.
Tenho um caderno de frases, as quais encontro em livros, músicas e até nos cultos da minha igreja. Nele escrevi um trecho do livro A Shepherd looks at Psalm 23, de Philip Keller, que ilustra bem como Deus faz parte das nossas tempestades:

‘’Não há na vida cristã nenhum substituto para a aguda percepção de que meu Pastor está por perto. Não há nada como a presença de Cristo para dispersar o medo, o pânico, o terror do desconhecido. Nossa vida é incerta. A qualquer hora pode vir o desastre, o perigo, a aflição de algum lugar estranho. Então, em meio a nossos infortúnios, surge repentinamente a percepção de que Ele, o Cristo, o Bom Pastor, está ali. Isto faz toda a diferença. Sua presença na cena lança uma LUZ diferente sobre toda ela.
De repente as coisas não são tão negras, nem tão aterrorizantes. A perspectiva muda e há esperança. É a noção de que Meu Mestre, Meu Amigo, Meu Senhor tem o controle das coisas mesmo quando elas possam parecer calamitosas. Isto me traz grande consolo, tranquilidade e descanso.”

                Ok, durante o mar de tribulações, Deus nos consola e traz a direção. Ele é a luz da lamparina, irradiando na escuridão do medo. A melodia penetrando no silêncio da insegurança. O afeto que se aproxima no vazio do desespero. Ele é pai, e está sempre ao lado dos seus filhos. Como diz a Palavra de Deus em Salmos 34:9, “... Nada falta aos que o temem.”
                É confortante também pensar de acordo com o que disse Spurgeon, “Quão triviais parecerão as nossas provações quando olharmos para trás lá no paraíso!”. Por isso, a nossa esperança não deve estar neste mundo. A minha não está. O que adianta ao homem ganhar e usufruir do mundo, mas se afastar de Deus? Para quê? Jesus me resgatou, e eu não pertenço mais a este mundo!  

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