Nas últimas semanas, estive conversando com algumas pessoas sobre as tribulações que causam grande sofrimento e como isso se relaciona com Deus. Lembrando disso, venho aqui deixar algumas considerações sobre esse assunto tão polêmico.
Pais perdem seus filhos todos os dias pelos motivos mais fúteis: balas perdidas, drogas, atropelamentos, assaltos,... Uma revolta cresce dentro de nós, de coração humano – e isso é extremamente natural. “Por quê, Deus, porquê? Ele tinha tanta vida pela frente...” A revolta nos chuta por dentro e nos inibe num mundo de dor, onde a inconformidade rola solta. Muitos tiram de suas perdas força para fazer a diferença na sociedade, se engajando em lutas contra o abuso infantil e a criminalidade, por exemplo. Porém creio que ainda mais pessoas se escondem por traz do sofrimento. Assim, por não compreenderem o motivo do ocorrido, elas se afastam de Deus e o culpam.
O que me entristece é que nós pensamos constantemente em por que Deus permitiu que algo nos acontecesse, mas não atentamos para os momentos em que Ele nos protegeu de problemas. Somos mesquinhos, filhos ingratos. O Pai cuida de nós diariamente, nos mínimos detalhes e em grandes livramentos, de forma direta ou através de outras pessoas: e o que nós fazemos em troca? Além de não pararmos por cinco minutos do nosso dia para agradecê-lo, empurramos qualquer ideia de Deus para bem longe quando enfrentamos um sofrimento, ou seja, quando aquela ponte estável da vida é sacudida. Da mesma forma que um pai fica chateado quando seu filho, ao pedir por sustento financeiro, não demonstra nenhum agradecimento, você já parou pra pensar que Deus pode se entristecer conosco?
Com essas palavras, quero deixar claro que não pretendo menosprezar a dor humana, mas sim engradecer a Deus. Colocá-lo no lugar que lhe é devido: de Pai. E consequentemente, posicionar meu ego na posição de humana que sou. Isso porque, como já está escrito em Isaías 55:8-9 : “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”
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